A concordância verbal ocorre quando o verbo se flexiona em número e em pessoa para concordar com o sujeito gramatical.
A concordância verbal com o verbo parecer apresenta algumas particularidades quando o verbo parecer vem seguido de outro verbo no infinitivo. São possíveis duas formas de concordância verbal, sendo flexionado apenas um dos verbos em cada forma.
Concordância verbal com a flexão do verbo parecer
Pode ocorre a flexão do verbo parecer em singular ou plural. Nesse caso, não há flexão do infinitivo:
- O aluno parecia ouvir a professora.
- Os alunos pareciam ouvir a professora.
- Helena parece gostar de Paulo.
- Helena e Paulo parecem gostar um do outro.
Concordância verbal com a não flexão do verbo parecer
Pode ocorre a não flexão do verbo parecer, que se mantém na 3.ª pessoa do singular. Nesse caso, há a flexão do infinitivo para o plural:
- O aluno parecia ouvir a professora.
- Os alunos parecia ouvirem a professora.
- Helena parece gostar de Paulo.
- Helena e Paulo parece gostarem um do outro.
A primeira forma é a considerada mais correta, sendo a mais utilizada pelos falantes da língua. A segunda forma é utilizada numa linguagem mais literária, sendo considerada pelos falantes como mais estranha e pouco habitual.
Dupla flexão é erro!
O erro na conjugação do verbo parecer ocorre quando há dupla flexão, ou seja, quando erradamente há a flexão do verbo parecer e simultaneamente a flexão do verbo no infinitivo.
Concordância errada: Os alunos pareciam ouvirem a professora.
Concordância errada: Helena e Paulo parecem gostarem um do outro.
Concordância verbal do verbo parecer em orações desenvolvidas
Além das duas formas acima expostas, há outra particularidade na concordância verbal com o verbo parecer. Em orações desenvolvidas, o verbo parecer deverá estar sempre escrito no singular.
- A luz parece que está piscando.
- As luzes parece que estão piscando.
- A criança parece que não se machuca!
- As crianças parece que não se machucam!
Veja também: Outros casos de concordância verbal.